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Jovens Lição 11: Ageu: Atenção para com a Casa de Deus

Data: 12 de Setembro de 2021

TEXTO DO DIA

Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos. Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei e eu serei glorificado, diz o SENHOR.” (Ag 1.7,8).

SÍNTESE

A ação do Espírito de Deus nos liberta do comodismo e da indiferença, fazendo-nos valorizar aquilo que realmente é importante para Deus.

AGENDA DE LEITURA

SEGUNDA — 2Cr 36.23

A permissão do rei da Pérsia para a construção do templo

TERÇA — Ed 3.6-10

Os alicerces do templo são fundados

QUARTA — Ed 4.23,24

A forte oposição que resultou no embargo da construção do templo

QUINTA — Ag 1.13,14

Ageu anima Zorobabel e Josué na edificação do templo

SEXTA — Ed 5.1,2

Sob a palavra dos profetas Ageu e Zacarias a obra de reconstrução é reiniciada

SÁBADO — Ag 2.9

A promessa da glória da segunda casa

OBJETIVOS

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:

  • EXPLICAR o contexto histórico que abrangeu as pregações de Ageu;
  • MOSTRAR como o profeta Ageu exerceu um papel fundamental entre o primeiro grupo de judeus que retornou à Jerusalém;
  • ENTENDER que devemos dar a Deus o primeiro lugar em nossas vidas.

INTERAÇÃO

Professor(a), a mensagem de Ageu, que serviu como profeta de Judá, tem como objetivo incentivar os judeus que retornaram do exílio a reconstruírem o Templo (1.1). Por intermédio da mensagem do profeta aprendemos importantes lições para a nossa vida: A primeira é que não devemos focar no passado e permitir que o saudosismo nos domine. Precisamos erguer nossos olhos com expectativa para o futuro. A fé precisa suplantar o saudosismo. A segunda lição é que Deus atentava para a reconstrução do Templo, um lugar de adoração, comunhão. O culto oferecido ao Senhor não poderia e não pode ser de qualquer jeito. A terceira lição é que as lutas e provações devem ser vista como oportunidade para nos aproximar mais de Deus. Em meio às dificuldades precisamos aprender a olhar para o céu e confiar na promessa divina de que todas as situações, por mais adversas que sejam, contribuem para o nosso bem (Rm 8.28).

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor(a), reproduza o quadro abaixo. Utilize-o para fazer um resumo do livro do profeta Ageu e apresente-o na introdução da lição.

TEXTO BÍBLICO

Ageu 1.1-8.

1 — No ano segundo do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra do SENHOR, pelo ministério do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Sealtiel, príncipe de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, dizendo:

2 — Assim fala o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do Senhor deve ser edificada.

3 — Veio, pois, a palavra do SENHOR, pelo ministério do profeta Ageu, dizendo:

4 — É para vós tempo de habitardes nas vossas casas estucadas, e esta casa há de ficar deserta?

5 — Ora, pois, assim diz o Senhor dos Exércitos: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos.

6 — Semeais muito e recolheis pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não vos saciais; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário recebe salário num saquitel furado.

7 — Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos.

8 — Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei e eu serei glorificado, diz o SENHOR.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO

Dos doze profetas menores, apenas três desenvolveram seus ministérios após o cativeiro babilônico, são eles: Ageu, Zacarias e Malaquias. Ageu foi o primeiro a profetizar após o exílio, sendo contemporâneo de Zacarias. Não temos informações bíblicas sobre seu passado e nem conhecimento dos seus antecedentes familiares. Ele foi um dos exilados que retornou a Jerusalém no objetivo de reconstruir o Templo, neste período, grandes foram as dificuldades enfrentadas e por meio da sua ação profética Ageu conseguiu mobilizar e motivar os judeus no fito de concluírem a reconstrução da obra. O templo era o símbolo visível da aliança de Deus com os descendentes de Abraão, por isso, motivou seus compatriotas a não desanimarem no trabalho da obra de Deus. Em uma época em que os judeus mostravam-se indiferentes, Ageu ensinou-lhes que eles deviam dar a Deus a prioridade em suas vidas.

I. AGEU

1. Festivo. Seu nome significa “festivo” ou “festividade”. É provável que seu nascimento coincidisse com um feriado judaico, isso justifica o significado do seu nome. Há quem acredite que seu nome foi profético, desse modo, seus pais piedosos lhes atribuíram esse nome na expectativa da restauração do povo judeu, anunciando através desse ato que em breve haveria motivos para se festejar, pois a restauração do Templo implicaria o reinício das festas religiosas em Jerusalém. Ageu foi uma figura fundamental para a reconstrução do segundo Templo (Ed 5.1; 6.14). Ele proporcionou aos seus compatriotas a motivação necessária para não esmorecerem face às dificuldades que enfrentavam. Ageu profetizou dois meses antes de Zacarias (Ag 1.1; Zc 1.1). Foi o primeiro profeta do pós-exílio. Ele acreditou quando poucos acreditavam e foi o responsável direto pelo retorno das festas em Jerusalém. Que sejamos como Ageu, promotores da fé e agentes da alegria!

2. Contexto histórico. Ageu profetizou no segundo ano do rei Dario, por volta do ano 520 a.C., para o primeiro grupo de exilados que retornou do cativeiro babilônico (Ed 1.1-4). O primeiro grupo a retornar foi movido por um fervor religioso. Estes repatriados deixaram o conforto conquistado na Babilônia para viverem junto às ruínas de Jerusalém, em uma cidade assolada pela destruição. Era preciso muito trabalho e disposição para reconstruir uma cidade cicatrizada pela guerra. Na espinha dorsal deste grupo estavam os sacerdotes, os homens de fé, que nutriam um carinho especial pela “Cidade de Deus” e pelo seu Templo. Dois anos após a chegada desse grupo, os edificadores lançaram os alicerces do templo provocando uma grande comoção entre o povo (Ed 3.8-13). Todavia, as perseguições dos samaritanos e as dificuldades enfrentadas contribuíram para desanimá-los, atrasando a execução e conclusão do projeto (Ed 4.1-5,23,24). O povo estava abatido. O interesse dos judeus se voltou para as questões seculares. A letargia espiritual levou a povo a reconstruir suas próprias casas, deixando o projeto do Templo do Senhor em segundo plano. Foi neste contexto histórico que Ageu entregou sua mensagem (Ed 5.1-2; Ag 1.1-8).

3. Estrutura e mensagem do livro. O livro de Ageu é o segundo menor do Antigo Testamento, ficando atrás apenas de Obadias. A expressão “diz o Senhor dos Exércitos” aparece 26 vezes em 38 versículos. Em todo instante o profeta anunciou que suas palavras vieram de Deus e possuíam o selo da autoridade profética. Seu livro é composto de quatro mensagens que foram entregues ao povo. Na primeira mensagem, Ageu repreendeu o povo pela falta de envolvimento no projeto de reconstrução do templo (Ag 1.2-15). Na segunda mensagem, após o início das obras de reconstrução a aparência do Templo apresentou-se modesta, e por causa disso o povo desanimou-se; nesse momento, o profeta motivou-os dizendo que a glória daquele templo seria maior que a glória do antigo templo (Ag 2.1-9). Na terceira mensagem, ensinou que o fato de alguém morar na Terra Santa não o torna santo, portanto, o povo deveria viver a verdadeira santidade para usufruir das bênçãos prometidas (Ag 2.10-19). Por fim, na sua última mensagem, profetizou uma bênção especial para a dinastia de Davi, na pessoa de Zorobabel (Ag 2.20-23).

II. A MENSAGEM DO PROFETA

1. Motivação. Em agosto-setembro de 520 a.C., Ageu começou a entregar a sua profecia (Ag 1.1). O povo tinha abandonado a obra por causa da oposição dos samaritanos e do decreto de Cambises, o rei Persa. Ageu incentivou o retorno da reconstrução do Templo. Ele apresentou Deus como o Senhor dos Exércitos, cujo poder é sobre todos os exércitos (Ag 1.2). O Todo-Poderoso é mais poderoso que todos os poderosos desta terra! Que palavra para o nosso coração! Confiando no Senhor devemos prosseguir. Não podemos esmorecer diante das adversidades. A segunda profecia foi entregue no vigésimo primeiro dia do sétimo mês, no último dia da Festa dos Tabernáculos (Ag 2.1). Ao iniciar a reconstrução, depois de tirar os entulhos, o povo percebeu que aquela reconstrução jamais teria a beleza e o esplendor do templo de Salomão, por isto ficaram nostálgicos e desanimados (Ag 2.1-3). Mais uma vez, Ageu encorajou o povo a prosseguir dando pelo menos três motivos: O Senhor estaria com eles (Ag 2.4); o pacto divino permanecia de pé (Ag 2.5) e a glória daquele Templo seria ainda maior (Ag 2.9). Enquanto as pessoas se desanimavam com os desafios do presente, Ageu prosseguiu de olho na glória do futuro. Devemos focar a nossa atenção naquilo que nos traz esperança (Lm 3.21).

2. Exortação. Ageu demonstrou a tristeza de Deus ao ser colocado em segundo plano. O povo se acomodara dizendo que ainda não era o momento da reconstrução do Templo. Percebemos que faz parte da natureza humana justificar as omissões criando argumentos plausíveis para esconder os fracassos. Esse recurso mental atenua a frustração de não ter conseguido o que um dia se pretendeu. Os homens da época de Ageu se valiam dessa retórica escapista. Buscavam frases e pensamentos para justificar os seus erros (Ag 1.2). Preocupavam-se, com seus negócios e vidas pessoais e não davam mais ao Templo o devido valor (Ag 1.4). Os projetos humanos tinham prioridade, enquanto os interesses de Deus tornaram-se secundários. Ageu enfatizou que o abandono da obra de Deus provocou a seca e a escassez (Ag 1.6-11). Deus reteve os céus para despertar o seu povo (Ag 1.10,11). Ageu inquiriu seus compatriotas: O fato de vocês colocarem Deus de lado provocou progresso ou regresso? A resposta era simples: Ao colocarem Deus em segundo plano, eles abandonaram o único elemento essencial para o sucesso.

3. Consolação. Enquanto a primeira profecia repreendia o povo pela falta de compromisso (Ag 1.1-15), a segunda trazia consolação ao destacar a glória daquele Templo (Ag 2.1-9). A presença de Cristo emprestaria ao segundo Templo uma glória que o Templo de Salomão jamais conheceu (Ag 2.6-9). A “glória” não se referia ao ouro ou a prata, mas a presença de Deus. A terceira profecia foi uma exortação, um verdadeiro apelo à santidade (Ag 2.10-19), porém, a quarta mensagem trouxe novamente consolação ao apresentar uma promessa de segurança para Israel com o estabelecimento da linhagem de Zorobabel (Ag 2.20-23). Podemos dizer que 50% da mensagem de Ageu foi consolação, outros 50% foi exortação. E onde se encontra a motivação? Entretecida na exortação e no consolo (Ag 2.4). As repreensões de Deus, assim como suas promessas são combustíveis de ânimo que nos empurram para frente.

III. APELO E PROMESSAS

1. Apelo. A pregação de Ageu exigiu do povo duas respostas rápidas: O retorno da obra de reconstrução do Templo e a busca pela santidade. Deus não queria apenas um envolvimento físico das pessoas na reconstrução, mas também ansiava por uma aproximação espiritual. Não podemos cair no erro de pensar que ações concretas como ir à Igreja, participar do culto, cantar ou pregar são um substituto para a santidade e a obediência (1Sm 15.22; Is 58.6; Os 6.6; Mq 6.6-8). Para Deus, ações não substituem intentos! Uma adoração com lábios desprovida de sinceridade não tem valor diante de Deus (Jo 4.23,24). Atividade religiosa sem compromisso com a santidade e a obediência é ação vã (Mt 7.21-23). Nossas obras só possuem valor quando são ratificadas pela integridade (Tg 2.14; 4.8). A terceira mensagem entregue entre novembro/dezembro de 520 a.C., cerca de dois meses depois da segunda mensagem, destacou a importância de um viver santo (Ag 2.10-19). Na vida do cristão, a santidade não é um item opcional, mas essencial.

2. O culto só é aceito quando o altar é restaurado. Ageu fez duas perguntas aos sacerdotes (Ag 2.11): 1) Se alguém leva carne santa na aba de sua veste e consequentemente, se a veste tocar em um alimento, porventura este se tornará santo? A resposta dos sacerdotes foi óbvia: “não” (Ag 2.12); 2) Se alguém tocar em um cadáver e logo após tocar em algum objeto, esse material ficará impuro? A resposta foi imediata: “sim” (Ag 2.13). A lição era simples: A pureza não pode ser transmitida, todavia, a impureza sim. Naquela época, os sacrifícios aconteciam em um altar improvisado em Jerusalém (Ed 3.3). Deus não estava se agradando daquelas ofertas (Ag 2.14), pois as leis sacrificiais estavam sendo ignoradas, por isso as bênçãos de Deus sobre o povo eram retidas (Ag 2.15-19). As ofertas trazidas permaneceriam contaminadas enquanto o Templo estivesse em ruínas. O fato de fazermos algo para Deus não significa que podemos fazer de qualquer jeito. No livro de Ageu aprendemos que Deus só recebe e aceita o nosso culto quando o altar da sinceridade é restaurado.

3. Atenção com a Casa de Deus. Os judeus voltaram para Jerusalém, mas permaneciam escravizados ao materialismo. Deus enviou a seca e não prosperou a colheita dos repatriados (Ag 1.10,11). O propósito divino era adverti-los. O fracasso nos outros setores da vida era consequência de uma vida espiritual relapsa. A geração de Ageu foi aconselhada a ter atenção com a Casa de Deus. Precisamos demonstrar liberalidade, cuidado e dedicação com a Casa de Deus. Quando dizemos que Deus é nossa prioridade, mas não dedicamos a Ele nosso tempo e nem nossos recursos, nosso discurso é mentiroso. Ageu começou a profetizar no ano 520 a.C., durante 16 anos a obra de reconstrução do Templo não havia terminado (536-520 a.C.), após a sua influência, quatro anos depois, no dia 03 de março (Adar) de 516 a.C., a obra foi finalizada. A mensagem de Ageu foi aceita pelo povo e causou uma verdadeira mudança de mentalidade. A interiorização sincera da pregação levou o povo ao esmero e a ação da obediência. Motivados e comprometidos, o povo se lançou na reconstrução do Templo. O que era difícil tornou-se possível, pois eles agiam guiados pelo compromisso com Deus.

CONCLUSÃO

A profecia de Ageu foi compreendida pelo povo e teve efeito rápido. A apatia saiu e deu lugar ao fervor. Deus enviara Ageu para levantar um povo que estava prostrado. Todo o povo temeu e agiu com respeito diante da mensagem do profeta (Ag 1.12). A reconstrução do Templo foi retomada (Ag 1.13-15).

ESTANTE DO PROFESSOR

JOHNATHAN, David. Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.

HORA DA REVISÃO

1. Quais foram os três profetas menores que exerceram seus ministérios após o cativeiro babilônico?

Ageu, Zacarias e Malaquias.

2. Quando e para quem Ageu profetizou?

Profetizou por volta de 520 a.C. em Jerusalém, para o primeiro grupo de judeus repatriados.

3. Qual a estrutura do livro de Ageu?

Ele é composto de quatro pregações: 1) A reconstrução do Templo (Ag 1.2-15); 2) A glória daquele Templo (Ag 2.1-9); 3) A importância da santidade (Ag 2.10-19); 4) O estabelecimento do reinado de Zorobabel (Ag 2.20-23).

4. O que Ageu disse quando o povo desanimou ao perceber a simplicidade daquela reconstrução?

Ageu encorajou-os a prosseguir. Profetizou que a glória daquele Templo seria ainda maior. A glória não estaria na magnificência da construção, mas na presença de Deus entre o seu povo.

5. Em quanto tempo a reconstrução do Templo foi finalizada após ter sido retomada sob a influência da pregação do profeta Ageu?

O Templo começou a ser reconstruído em 536 a.C., durante 16 anos a obra não havia terminado (536-520 a.C.), após a influência de Ageu, quatro anos depois, no dia 03 de março (Adar) de 516 a.C., a obra foi finalizada.

SUBSÍDIO I

“Os judeus esperaram o momento certo para reconstruir o Templo; diziam que ainda era o momento. Erigiram o altar e fizeram um ritual simples. Sob as circunstâncias vigentes, acharam que isso bastava. Pelo visto, deixaram de terminar a reconstrução do Templo em virtude de uma interpretação meticulosa da menção de Jeremias aos 70 anos (Jr 25.11); julgavam que o período ainda não se completara. Outra razão sugerida para a interrupção das obras era que o Senhor não os abençoara com boas colheitas. Este fato, segundo eles, indicava que Deus estava irado com eles; portanto, não veio ainda o tempo. Deus, conforme este ponto de vista, não tinha criado as condições favoráveis para a reconstrução.

O medo que tinham dos samaritanos era, talvez, mais outra razão para a falta de interesse em renovar o empenho em reconstruir o Templo. Este povo já se opusera à obra sob o pretexto de que os judeus lhes negaram a permissão de participar da reconstrução. Este ressentimento se evidenciou nos esforços bem-sucedidos dos samaritanos em impedir os que os judeus conseguissem madeira para a construção. Este impedimento acabou quando as obras construtivas do Templo pararam. Ao mesmo tempo, nenhum samaritano objetou que os judeus construíssem suas casas. Mas retornar os trabalhos de reconstrução do Templo levariam os samaritanos a indubitavelmente se oporem de novo” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 5. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.279).

SUBSÍDIO II

“Enquanto negligenciavam o Templo pelas razões discutidas acima, os exilados que voltaram tinha achado tempo e condição convenientes para construir as próprias casas. Além disso, os judeus tinham construído suas residências com luxo e extravagância. Fizeram o acabamento das paredes das casas com madeiramento caro. Esta prática era considerada luxuosa até para um rei (Jr 22.14). Contudo, diziam que não tinham recursos para restaurar a casa do Senhor. Houve quem sugerisse que os judeus usaram para suas casas a madeira de cedro reservada para o Templo. Em contraste com suas casas, o Templo jazia em ruínas. Como disse Marcus Dods: ‘O conforto os condenou. Dispunham-se de recursos, gozavam de lazer e sentiam-se protegidos para mobiliar as casas sozinhos; não seriam as circunstâncias e condições de vida que os impediriam de reedificar a casa de Deus’.

Agora o Senhor faz um pedido aos judeus: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos. Esta frase ocorre quatro vezes no livro e é tradução literal. Porém a tradução melhor é: ‘Considerai o vosso passado’. Quais são os resultados desta negligência trágica? ‘Plantai muito, mas colheis pouco; comeis, mas não o suficiente para matar a fome; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece’ (1.6)” (Comentário Bíblico Beacon. Volume 5. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.279).

 

 

Fonte: Estudantes da Biblia

 

 

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