Pastor diz que Mangueira foi “profética” em sua releitura de Jesus
Argumentação de Ed René Kivitz recebeu inúmeras críticas. Por Michael Caceres
O pastor Ed René Kivitz, da Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo, usou o Instagram para defender a releitura esquerdista da Estação Primeira de Mangueira sobre Jesus Cristo.
No texto publicado na rede social, Ed René compara o samba-enredo da escola com uma composição de Luiz Gonzaga, que questiona a posição de Deus diante do sofrimento humano.
“Também a Mangueira perguntou onde está Deus enquanto o feminicídio aumenta, os racistas perdem escrúpulos, a homofobia espalha violência e a gente pobre e negra é assassinada dentro de sua própria casa”, argumenta.
Kivitz também afirma que “desde a Sapucaí ecoa uma resposta” e em seguida afirma que “Jesus está também na mulher violentada, nos LGBTI+ agredidos e desrespeitados, nas crianças cravejadas de balas”.
A publicação foi criticada por evangélicos que consideraram que o pastor ignorou o ambiente, o propósito pelo qual Jesus veio a Terra e até mesmo a intenção da escola de samba, que sofreu forte influência socialista.
“Deus também não está na boca do teólogo liberal e politicamente correto que relativiza as Escrituras disseminando um ‘Evangelho’ palatável e customizado”, criticou um usuário.
Kivitz gostou da abordagem nada espiritual feita pela Mangueira, que reduziu Jesus a um militante social.