Lição 10: O pecado corrompeu a Natureza Humana

TEXTO ÁUREO
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” (Rm 3.23).
VERDADE PRÁTICA
O pecado é um elemento real na vida de todas as pessoas desde o ventre materno.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Sl 51.5
A corrupção humana vem desde a concepção no ventre materno
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Terça — Sl 58.3
O pecado vem desde a madre e acompanha toda a vida humana
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Quarta — Is 1.6
O pecado corrompeu a natureza humana na sua totalidade
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Quinta — Ec 7.20
Não há ser humano no mundo que não peque
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Sexta — Rm 3.10-12
Todos se extraviaram, não há quem faça o bem
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Sábado — 1Jo 3.4
O pecado significa iniquidade, transgressão da lei de Deus
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 3.1,6,7; Romanos 5.12-14.
Gênesis 3
1 — Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?
6 — E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.
7 — Então, foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.
Romanos 5
12 — Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram.
13 — Porque até à lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado não havendo lei.
14 — No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir.
HINOS SUGERIDOS
39, 192 e 491 da Harpa Cristã.
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
A realidade do pecado é o tema da lição desta semana. O ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, conforme a sua santidade e perfeição. Contudo, o advento do Pecado distorceu essa imagem e estabeleceu graves problemas que perpassam a história humana. Infelizmente, houve um movimento dentro da Igreja que procurou negar essa realidade pecaminosa. Podemos perceber sua influência em nossos dias.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Explicar a doutrina bíblica do pecado e sua extensão; II) Mostrar a heresia que nega o advento do pecado; III) Pontuar o perigo dessa heresia para a vida do crente e da Igreja.
B) Motivação: O problema do advento do pecado não significa que não haja esperança para o ser humano. Se ele não mergulhar em seu egoísmo, reconhecer que é um pecador e crer no Salvador, ele encontrará plena salvação na pessoa bendita de Jesus. Nele, nem tudo está perdido para o ser humano.
C) Sugestão de Método: Com o propósito de auxiliá-lo para a preparação de sua aula, sugerimos que, durante a semana, você leia um capítulo de um livro de História da Igreja a respeito de Pelágio e Agostinho. A CPAD tem como sugestão as obras: “História da Igreja” e “Deus e o seu Povo”. Sugerimos a leitura desse assunto em uma dessas obras para que você aprofunde o Tópico II com a classe. Leve para a aula os seus apontamentos, talvez uma porção do texto de uma dessas obras com o objetivo de enriquecer a exposição do segundo tópico.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Há uma necessidade de conhecermos a nossa base doutrinária a fim de não sermos atraídos por falsos ensinamentos que não honram a Palavra de Deus. A falta de conhecimento bíblico gera graves problemas doutrinários. Consequentemente, os graves problemas doutrinários geram problemas na vida cristã.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 100, p.41, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “A Realidade do Pecado”, ao final do primeiro tópico, aprofunda o assunto sobre o pecado; 2) O texto “Tentação e Queda não são coisas míticas ou alegóricas”, logo após o segundo tópico, aprofunda a reflexão da historicidade do pecado.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O ser humano criado em santidade à imagem de Deus, foi corrompido pelo pecado de tal modo que somente em Cristo é possível a sua restauração a Deus. O capítulo 3 de Gênesis relata como o pecado entrou na humanidade e, em Romanos 5, o apóstolo Paulo mostra a extensão dessa corrupção em todos os seres humanos. A presente lição pretende mostrar a origem e a dimensão do pecado na humanidade e refutar, à luz da Bíblia, as principais crenças inadequadas.
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Palavra-Chave:
PECADO
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I. A DOUTRINA BÍBLICA DO PECADO E SUA EXTENSÃO
1. O autor do pecado (Gn 3.1,2). Adão podia comer livremente de toda árvore do jardim, mas foi advertido para não comer da árvore “da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.17). A Bíblia nos conta que o autor do pecado, a serpente que enganou Eva, é o próprio “diabo e Satanás, a antiga serpente” (Ap 12.9); O maioral dos demônios (Mt 12.24; 25.41). Era originalmente o querubim ungido, perfeito em sabedoria e formosura (Ez 28.12-15) que se rebelou contra Deus e foi expulso do céu (Is 14.12-15). Com sua queda, vieram com ele os anjos que aderiram à rebelião, e uma parte deles continua em prisão (2Pe 2.4; Jd 6). Essa é uma possível explicação para a origem dos demônios. A intromissão da serpente no jardim já era o querubim expulso agindo por meio dela. Assim, o pecado não teve a sua origem no Éden.
2. “Foram abertos os olhos de ambos” (Gn 3.7). Quando o casal comeu do fruto proibido, ambos perceberam que estavam nus, envergonharam-se e procuraram se esconder da presença de Deus (Gn 3.7,8). Era a ruptura imediata da comunhão com o Criador, é a morte espiritual, pois morte significa separação (Is 59.2). O pecado separa o ser humano de Deus. Nessa ocasião, ainda no Éden, Deus anunciou a vinda do Redentor (Gn 3.15) e, em seguida, pronunciou a sentença do casal (Gn 3.16-19) e à sua posteridade. Foi por causa dessa desobediência que o pecado entrou no mundo e, com ele, a morte (Rm 5.12). Esse desastre é conhecido como a Queda da humanidade.
3. A consequência da Queda no Éden. A Bíblia não mostra como essa transmissão do pecado de Adão passou a todos os humanos, mas afirma sua realidade: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12). Essa é a revelação mais contundente sobre como a transgressão passou para toda a humanidade. Esse pensamento é reiterado mais adiante (v.19; 1Co 15.49).
4. Extensão do pecado. O pecado se estende a todas as pessoas e corrompeu na sua totalidade, corpo, alma, espírito (Rm 2.9; 8.10; 2Co 7.1), intelecto e vontade (Is 1.3; Jr 17.9), consciência e razão (1Tm 4.2; Tt 1.15). Tudo isso diz respeito à extensão, dos pés à cabeça (Is 1.5,6) e não se refere à intensidade. O ser humano está incapacitado de conhecer a Deus por seus próprios esforços. Mas a imagem de Deus, no ser humano caído, não foi erradicada, está desfigurada, mas não aniquilada (Gn 9.6; Tg 3.9). Isso inclui também o livre-arbítrio, pois os pecadores têm liberdade de escolha (Js 24.15; Jo 7.17; 2Pe 3.5; Ap 22.17).
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SINOPSE I
O pecado não teve sua origem no Éden, mas em Satanás, a antiga serpente.
AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

REALIDADE DO PECADO
“A raça humana está ligada a Deus mediante a fé na sua palavra como a verdade absoluta. Satanás, porque sabia disso, procurou destruir a fé que Eva tinha no que Deus dissera, causando dúvidas contra a palavra divina. Satanás insinuou que Deus não estava falando sério no que dissera ao casal. Noutras palavras, a primeira mentira proposta por Satanás foi uma forma de antinominianismo, negando o castigo da morte pelo pecado e apostasia. Um dos pecados capitais da humanidade é a falta de fé na Palavra de Deus. É admitir que, de certo modo, Deus não fala sério sobre o que Ele diz da salvação, da justiça, do pecado, do julgamento e da morte. A mentira mais persistente de Satanás é que o pecado proposital e a rebelião contra Deus, sem arrependimento, não causarão, em absoluto, a separação de Deus e a condenação eterna.
Satanás, desde o princípio da raça humana, tenta os seres humanos a crer que podem ser semelhantes a Deus, inclusive decidindo por contra própria o que é bom e o que é mau. Os seres humanos, na sua tentativa de serem ‘como Deus’, abandonam o Deus onipotente e daí surgem os falsos deuses. O ser humano procura, hoje, obter conhecimento moral e discernimento ético partindo de sua própria mente e desejos, e não da Palavra de Deus. Porém, só Deus tem o direito de determinar aquilo que é bom ou mau” (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, pp.34-36).
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II. A HERESIA QUE NEGA O ADVENTO DO PECADO
1. O Pelagianismo. O Pelagianismo é a heresia mais antiga na história da igreja no tocante à pecaminosidade no gênero humano. O nome vem de Pelágio, monge erudito britânico (360-420) que se transferiu para Roma em 409. Foi contemporâneo de Agostinho de Hipona (354-430).
a) Conteúdo doutrinário. A princípio, a sua doutrina teve acolhida popular e não era considerada herética porque parecia se tratar de um assunto meramente ético e não teológico. A controvérsia não foi desencadeada com o próprio Pelágio, mas com Celéstio, jurista romano de origem britânica, um dos principais porta-vozes das ideias pelagianas. A fonte da doutrina pelagiana são os escritos dos seus oponentes, não existe nada da lavra do próprio Pelágio. O que se sabe, com certeza, sobre a sua teologia se resume nisto: o ser humano não nasce em pecado, a transgressão de Adão não afeta diretamente os outros, não existe pecado original, não existe a corrupção geral do gênero humano. Esses são alguns pontos do pensamento deles. O Pelagianismo foi condenado no Concilio de Éfeso em 431.
b) Resposta bíblica. O Pecado Original é aquele que veio da Queda de Adão, a Bíblia afirma que a transgressão de Adão levou toda a humanidade ao pecado e isso é uma verdade bíblica (Rm 5.12). Esse homem pelo qual o pecado se estendeu à toda humanidade é Adão (Rm 5.14). A evidência incontestável dessa transmissão do pecado de Adão para a sua posteridade é a morte (Rm 5.12b). A corrupção do gênero humano é um fato incontestável revelado nas Escrituras (Sl 51.5; Is 1.5,6; Rm 3.10-12) e confirmado na própria experiência humana.
2. A morte de Jesus em favor dos pecadores. Por essa razão, o Alcorão nega a crucificação e a morte de Jesus. Com esse argumento, conclui que não havia necessidade de Jesus morrer pelos pecados da humanidade, por isso o Alcorão rejeita o sacrifício de Jesus. A cruz de Cristo sempre foi um escândalo para o mundo, uma ofensa para os que estão nas trevas (1Co 1.23).
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SINOPSE II
O Pelagianismo é a heresia que nega a realidade do advento do Pecado.
AUXÍLIO TEOLÓGICO

“TENTAÇÃO E QUEDA NÃO SÃO COISAS MÍTICAS OU ALEGÓRICAS
A história bíblica descreve como o pecado tomou-se uma realidade na vida da humanidade quando uma criatura extraordinária e espiritual se materializou numa ‘serpente’ (Gn 3.1-7) para enganar as mais belas criaturas da terra, o homem e a mulher. Essa criatura é denominada em outras passagens como ‘a antiga serpente’, o ‘Diabo’ e ‘Satanás’ (Ap 12.9; 20.2). Foi essa criatura que pecou desde o princípio e se tomou inimiga da criação de Deus e originou a catástrofe cósmica. (…)
Tem havido a tentativa de pseudoteólogos tornarem o relato escriturístico da tentação e a Queda como algo alegórico. Não há qualquer linguagem figurada em Gênesis 3 que negue o fato histórico relatado naquela passagem. No desenrolar da tentação, Satanás apelou aos apetites que poderiam dar a Eva o prazer de fazer sua própria vontade em desobediência do Criador. Satanás apelou aos sentidos egoísticos de Eva e ela deu ouvidos ao tentador em vez de rejeitar e expulsar o tentador que visava levá-la a desobedecer a Deus (Gn 3.1-3). Satanás levou o casal a duvidar da veracidade de Deus insinuando que o Criador estaria tirando deles o direito de conhecer coisas mais sublimes. Adão e Eva, então, pecaram e deixaram que seus corações fossem corrompidos e afetasse seus apetites naturais” (GILBERTO, Antônio, et al. Teologia Sistemática Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p.312).
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III. O PERIGO DESSA HERESIA PARA A VIDA DO CRENTE E DA IGREJA
1. Pensamentos pelagianistas em nossos dias. Essas ideias estão ainda hoje nas religiões reencarnacionistas que negam a Queda do Éden. O movimento religioso denominado Ciência Cristã nega a existência do pecado; no Mormonismo, a transgressão de Adão não passou para a raça humana, cada pessoa é responsável somente pelos seus próprios pecados. Devemos conhecer bem aquilo em que nós cremos e também o ponto de vista do outro para sabermos conversar. Essas pessoas estão entre nós no dia a dia, e importa saber como identificar a teologia antibíblica delas como também apresentar o Evangelho que as conduza à salvação porque Jesus morreu por elas também (Jo 3.16; 1Co 15.3; 1Tm 1.15). E nessa missão, temos a ajuda do Espírito Santo (Lc 12.12).
2. O perigo. Quando as pessoas não conhecem bem as crenças e as práticas de sua igreja, terminam atraídas facilmente por ensinos diferentes, que às vezes lhes parece correto, e por isso nem examinam seus fundamentos (1Ts 5.21; 1Jo 4.1). O analfabetismo bíblico é o drama do século que tem levado essas pessoas para o erro doutrinário.
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SINOPSE III
Os pensamentos pelagianistas podem ser percebidos por meio das religiões reencarnacionistas, da Ciência Cristã, do mormonismo.
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CONCLUSÃO
Mesmo nesse estado de corrupção total, nem tudo está perdido, há esperança. Desde a Queda de Adão no Éden, Deus tem demonstrado seu amor e cuidado com a posteridade do primeiro casal. Deus não nos abandonou. Em seu amor e misericórdia, “nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2.5).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Quem é o autor do pecado?
A Bíblia nos conta que o autor do pecado, a serpente que enganou Eva, é o próprio “diabo e Satanás, a antiga serpente”.
2. Qual a passagem bíblica mais contundente que mostra que herdamos a transgressão de Adão?
“Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12).
3. Em que se resume o Pelagianismo?
O ser humano não nasce em pecado, a transgressão de Adão não afeta diretamente os outros, não existe pecado original, não existe a corrupção geral do gênero humano.
4. Qual a evidência incontestável da transmissão do pecado de Adão para toda a humanidade?
A evidência incontestável dessa transmissão do pecado de Adão para a sua posteridade é a morte (Rm 5.12b).
5. Quais grupos religiosos representam hoje algumas das ideias do pelagianismo?
As religiões reencarnacionistas, Ciência Cristã e mormonismo.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

O PECADO CORROMPEU A NATUREZA HUMANA
A natureza humana foi corrompida pelo pecado. As Escrituras apontam que o ser humano foi criado à imagem de Deus, santo e bom (Gn 1.27). Entretanto, o pecado trouxe alteração na natureza humana, bem como o rompimento da plena comunhão com Deus. Por seu amor e bondade, o Criador estabeleceu o caminho para a restauração da paz com o homem a partir da morte de seu Filho Unigênito sobre a cruz. Infelizmente, a interpretação da verdade bíblica sofreu com heresias que tentaram negar a origem do pecado, a queda do homem e a corrupção do gênero humano. Para esta visão, se não há pecado, então não há o que tenha de ser absolvido. Trata-se de mais uma tentativa de desconstruir a relevância do sacrifício de Jesus sobre a cruz e manter o homem afastado de Deus.
A graça redentora do Evangelho manifestou-se para resolver a celeuma provocado pelo pecado e, portanto, trata-se de uma questão de ordem jurídica. O apóstolo Paulo caracteriza essa situação afirmando que fostes comprados por bom preço (1Co 6.20). A expressão “comprado” remente à condição do escravo que foi resgatado por certa quantia. Cristo nos libertou da escravidão do pecado por meio de sua morte. Logo, a absolvição da culpa do pecador trata-se de uma questão legal. Jesus, a partir do seu sacrifício, assumiu a punição de morte no lugar dos pecadores de modo vicário, a saber, substitutivo a fim que todo aquele que crê neste ato amoroso de Cristo tenha a sua vida justificada diante de Deus (Rm 5.1).
De acordo com o Dicionário Vine (CPAD), o verbo justificar significa “‘declarar ser justo, pronunciar justo’. […] Idealmente, o cumprimento completo da lei de Deus forneceria a base da justificação aos seus olhos (Rm 2.13). Mas tal caso não ocorreu na mera experiência humana, e, portanto, ninguém pode ser ‘justificado’ com base nisso (Rm 3.9-20; Gl 2.16; 3.10,11; 5.4). A partir desta apresentação negativa em Rm 3, o apóstolo Paulo passa a mostrar que, consistentemente com o próprio caráter justo de Deus, e com vistas à sua manifestação, Ele é, por Cristo, como ‘propiciação […] no [en, instrumental, ‘pelo’] sangue’ (Rm 3.25), ‘justificador daquele que tem fé em Jesus’ (Rm 3.26), sendo a ‘justificação’ a absolvição legal e formal da culpa por Deus como Juiz, o pronunciamento do pecador como justo que crê no Senhor Jesus Cristo” (2015, pp.733,734). Nesse sentido, fica evidente que a iniciativa de restaurar a comunhão com o homem partiu do próprio Criador. O Senhor resgata a humanidade por meio da fé no ato salvador de Cristo na cruz do Calvário. O pelagianismo é uma deturpação da hamartiologia bíblica. Retenhamos a verdade de Cristo até o fim, pois onde abundou o pecado superabundou a graça (Rm 5.20).

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